19 de maio de 2010

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A busca de nós por nós mesmos pode se dar em um dia, um mês, mas por vezes pode-se levar uma vida inteira! A busca do EU nunca se completa, e essa é a maior artimanha da vida, pois, enquanto nos procuramos, nisto ou naquilo, pouco a pouco vamos acrescentando mais experiências em nosso caminho, experiências estas que não seriam sequer descobertas, caso achássemos de primeira instância aquilo que chamamos de EU!


E assim, quando num dia de sol ou de chuva, o grande dia chegar, poderemos dizer, então, que passamos a vida inteira e não descobrimos nosso interior... mas sim vários interiores e muitos eus, e que isso sim é viver, é compreender que se pode ser várias pessoas em diferentes épocas, é ouvir em cada uma delas uma nota diferente, compondo ao cabo de tudo isso, uma mesma música...a vida!

18 de maio de 2010

Invenção de liberdade

Não quero a "concritude"
Tão menos a compaixão
Quero " livretude"
Misturada à solidão.


Ser pássaro a voar
Colibri viajante
Canário a cantar
Bicho-grilo andante

Sinta-me

Penso eu, que deve estar no silêncio tudo que quero ouvir. No seu silêncio. No seu tempo encostando no meu. Penso que deve estar nesse intervalo de tempo as (im)possíveis respostas das minhas tão previsíveis perguntas. Penso e não paro mais de pensar.

Remoo e remonto todos os tijolos, um a um, procurando entender a razão desses porquês. É como cravo que espeta e flor que perfuma. Água quente que jorra na pele fria. Inconstância linear de nossa última constante. Não entenda, não desejo que me entenda, somente que sinta, sente?

Clarice Lispector já dizia:
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca."

Tamanha dualidade

Tempo, tanto, temporalidade
Passado,presente, há lineariedade?
Busco, fujo, alcanço, espero
Narrativa ondulante,
Essa vida ondulante
Eu quero!
Biografia viva eu fiz de mim,
Sem ordem sem capítulo
Sem fim
Não há vida, assim, cronológica
mera lógica dessa vida tecnológica
Larga mão desse tostão
Vem cá comigo, menino
Deixa essa prisão!
Larga mão desse tostão,
Vem cá comigo, menino!
Me dê sua mão
Larga mão desse tostão,
"Vamo" no mundo,
viver em vão!
Larga mão desse tostão,
não leva a nada
é só ilusão!

Segredos de mim

Há um mar ali ao lado,
nonde as ondas batem
em meu coração apertado
Há uma seringueira ali na beira,
donde jorra um leite, em minha mente faceira
Há um sol ardente mais acima
bola redonda que me estremece e anima
Há em tudo isso intróito e reminiscência
Uma mescla de óbito e sobrevivência
Dualidade sempre presente
desse corpo, agora, ausente
Entre medo e sensatez,
fico com o medo, em procura da embriaguez!

5 de maio de 2010

Grande confusão na estação

Situações reais de selvageria. Homem bicho, êita bicho homem!


Ao chegar, hoje, à Barra Funda, por volta das 19 h, o sistema ferroviário decidiu, como num golpe de Estado, voltar para a estação de Franscisco Morato, e não mais seguir viagem até à Luz, a estação de destino. Grande perplexidade surgiu. Homens, mulheres, mães com recém nascidos e um vidro que não se abria, quase não dificultando a respiração, dentro daquele lugar tão arejado e vazio!


Sim, houve grande contestação, afinal, o povo não se cala, mas não sabendo a quem recorrer, logo desconta toda sua raiva na máquina. Quebram vidros, batem portas, como se de fato essas ações sugerissem alguma resolução. Mas a culpa não é do povo. E de quem é, afinal?


Em meados do século XIX com o arrebento das grandes máquinas, e também da percepção do papel do homem no meio produtivo, surgiram também homens que destruíam as máquinas pensando que este era o caminho para destruir o sistema que os consumia.


Passados, praticamente, dois séculos, muitas ações continuam arcaicas. Mas, por outro lado é essa a única forma que o amigo, que trabalhou mais de oito horas a fio, tem de manifestar todo seu desgosto. É a melhor forma? Eu não acho.

Mas até que que se criem respostas e recursos suficientes aos seus anseios e necessidades, essa cena continuará sendo vista, seja naquela grande centopeia que ronda pelos arredores da cidade, ou em qualquer outro lugar onde não há, de fato, melhorias para a população. Ahhh! Como diria o outro lá : # putafaltadesacanagem o trem de hoje!