28 de outubro de 2010

Aeroplano do Vô - o


                                     Sem saber onde vou,  apenas vôo

                                                           O 
                                                                    
                                               B                    C

                                         U                                 É

                                   S                                            U    e até lembro aeroplano

 Palavras de meu avô                                                           Que um dia me diziam

Me faz querer a infância                                                       Vôoltar 
                                                                                                                            
                                          V                               N  
                                                                                                                   
                                               O                    O
                                                                        
                                                    A          A
                                                        R R             

20 de outubro de 2010

De sebes, seixos e palavras exdrúxulas

Te divido em três elos
Mente, corpo e coração
Te ponho em meio à sebes
Quero tudo em minha mão
Esse egoísmo é feito seixo
Esparramado pelo chão
E esse vazio é tormento
Furando as trincheiras do coração

Fora de forma e fora de mim

Esse gosto de sal
Emudece-me
Enquanto o resto
De doce
Se compadece
Já não há mais
Por que
E nem tem
Razão
Apenas segredos jogados        fora
E dores 
                      e
                        s  
                          c
                            o
                               r
                                 r
                                   e
                                      g
                                         a
                                            d
                                               a
                                                  s
                                                       an   artnoc oãm
                              
              

Reto - projetor

Vida de projeto
No reto-projetor
Te vejo projetada 
Em meu arco-íris
sem c-o-r
Se pensa, imagina e 
não faz
Se cala, dorme e 
nada mais

Asas - Com os pés nas nuvens e a cabeça no chão

Desenho de Amanda Balice
Abra mão
E deixe que os pássaros
Voem,
Mesmo que de suas asas
Se faça necessário teu
Próprio vôo.
Às vezes,
É melhor voar com uma asa
Só,
A esperar que a outra
Se refaça.
É melhor deixá-la
De vez,
Para que, assim
Outros pássaros
A façam voar,
Como você não pôde fazer.
Abandone as asas quebradas,
Mesmo que seu vôo fique
In
Com
Pleto
Um dia você também
Encontra
Outra asa quebrada...

15 de outubro de 2010

54321...12345....54321...12345...

Socorro! A poesia se transformou em números!

Mostro, então, meu poema novo em folha. Não, novo em caracteres, novo em bits, novo em números. Socooorro, a poesia se transformou em números!  Digito tudo em pequenos espaços numéricos distintos e divulgo em meu caderninho de HTML.

E meus números viram mais números misturados com um outro tanto de números. As pessoas também viram números. E meus sentimentos viraram números. E eu virei só mais uma na multidão, que mesmo junto se sente só e mesmo só se sente apertada, em meio a tantos corpos desconhecidos.

Em meio a tantos sentimentos jorrando pela escada rolante .Quem desce jamais sobe e quem sobe só continua subindo. Quero escada rolante inversa, só sobe quem tiver descendo e só se desce pelo corrimão.

LUZzzzzz

E quando paro pra pensar nas coisas que o mundo tem me oferecido, e naquelas em que eu tenho oferecido a ele, eu simplesmente olho pro céu e observo as estrelas. Quão grande és tua imensidão e seu labor, pois iluminar tantas vidas ao mesmo tempo, é ,de fato, uma tarefa de muita grandiosidade. Enquanto eu, ser humano, por assim dizer, tento a todo dia (às vezes sem sucesso) iluminar meu próprio caminho. E nem esse eu consigo de maneira completa, ainda mais os outros que por aí estão! Queria eu ser como uma estrela do céu, por menor que esta fosse dessa maneira sim poderia dizer que ofereço algo ao mundo!

I. RR _Gu_AR

Ando pela rua
Levanto e vejo a Lua
Surpreendo-me com
Sua imensidão,
Sua luz me traz emoção!
Viajo no caminho das estrelas,
Suspiro... E sei lá,
Realmente meu forte não é rimar!
Nem as linhas eu sigo,
Sou meio irregular!

Adianta?

Queria eu viver em vão,
Mas logo vem a imagem de um irmão,
Queria eu, viver só pra mim,
Mas assim o mundo chega ao fim,
Pois, de quê adianta viver sozinho,
Quando o mundo é um moinho?
De quê adianta fama, poder e dinheiro,
Quando a fome é algo tão certeiro?
De quê adianta um carro caro,
Enquanto o semáforo estiver fechado?
De quê adianta ir embora,
Quando o mundo te ignora?
De quê adianta sorrir,
Se há tanta gente sem lugar pra dormir?
De quê adianta viver,
Se, quando olho ao meu redor,
Só vejo gente a sofrer?
De quê adianta?

Pós Scriptium

E então, percebo que há, ainda, uma folha em branco. Assim como também há de haver novos caminhos a serem escritos, novos lugares a serem descobertos, novos amores a serem sentidos [...] Mas somente uma vida cabe em tudo isso, assim como somente esse momento coube para escrever nestas linhas, que agora já estão escritas! 

Tolice

Palavras escoam entre os dedos
Sentimentos latentes também vão com o vento
Essa vida doce verte em veneno
Verdades frias se tornam mentiras quentes
Andar sem rumo
 Fingir não ser gente
Procurar um caminho
No fogo da mente

Metalinguisticando

 As palavras? Ah, apenas se condensam em  meu cérebro e se evaporam em reticências (...) Quanta metalinguagem pra descrever o que se sente, quando na verdade basta  somente um olhar. Um olhar torto, baixo, escuro, mas um olhar que diga.

2 de outubro de 2010

Falar de cor é falar de coração?

Quantas cores há no arco-irís?
E com quantas cores eu pinto seu coração?
Se falar de cor é falar de coração,
a você ofereço todas as cores de todas as flores,
sem exceção.
A você ofereço o quente do vermelho
misturado ao verde do firmamento.
A você ofereço meu coração monocromático
tão colorido ao seu lado.
Colore meu céu mais uma vez?
Só pra eu saber o gosto que tem a
nuvem branca misturada ao azul anil,
me colore?
Me pinta a seu modo
de cor
a
cor
Mas, não esquece a 
COR
Não esquece a
AÇÃO
Não esqueça meu coração!