25 de julho de 2012

Aonde dorme o Sol


Um faroeste. Quente. Mas, por favor, um faroeste.  Pode também ser Preto e branco. Mas que seja um Faroeste.  Com direito a herói e a mocinha. Um faroeste. De 45 minutos, apenas. Mas que seja um Faroeste. É isso. Só um faro ao Oeste. 

18 de julho de 2012

MOLOTOV II

Eu queria muito fazer um poema com a palavra MOLOTOV. Mas ele explodiu em minhas mãos, antes mesmo de eu terminar. 

12 de julho de 2012

Apague os átonos

Odeio os diminutivos. As gentes de alma estreita e de medos tão compridos. Odeio os olhos curvos  e as curvas sem horizonte. Odeio os monossílabos e as sílabas engasgadas atrás da orelha. Odeio me forçar a odiar aquilo que aprendi a gostar. Odeio trocar sentimentos tônicos por sentidos tão átonos. Odeio, inclusive, a palavra Odeio. Por isso, reviro o verso e o inverso, e Odeio logo se transforma em Ideia. Apenas ideias vagando em palavras miúdas, soltas num ar condicionado entre uma consoante e uma vírgula. Aquele intervalo orgânico, que ocorre com todo corpo vivo, formado por átomos, tantas vezes tão átonos.

Deixa STAR

Deixa STAR. Brilhar, brilhar, até uma hora findar. Chegar à Asa Norte ou Sul de um novo chão, concreto ou gasoso, mas que tenha um horizonte a se alcançar.