26 de novembro de 2010

CIDA.de

A CIDA.de cresce para todos os lados, no correr das raízes metálicas subterrâneas. Enquanto isso, as formigas sustentam as cigarras-mestras, e estas cantam e riem da chuva que afoga os pequenos seres desprotegidos. Pisadas. Soterradas. Ignoradas.


 Vão as formigas delinqüentes, após o período sazonal da empreitada. Já proporcionado o bem-estar de outrem, são então, expulsas da terra cultivada. Pura propriedade alheia. Não há espaço para uma formiga, na imensidão dessa CIDA.de.


Não há buraco que resista à tempestade de ganância que advém das pomposas cigarras e seu canto de ingratidão. Não há maioria que hesite à força de raios e trovões mentais, que nascem das mentes ignorantes. A CIDA.de é o impesti.CIDA das formigas operárias. Que, depois de sol, chuva e relento, voltam cansadas para seus buracos pelas raízes de metal subterrâneas.


Cida - sufixo originário do latim, caedere, significa matar

4 comentários:

  1. acabou a farra
    formigas mascam
    restos da cigarra
    - Leminski

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  2. Acabou com meu texto, pooo! ^^ ( que satisfação tê-lo por aqui!)

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  3. Cidade
    Felicidade
    Sociedade
    complexidade
    saudade

    esta última fica para as formigas que perderam seus formigueiros. As cigarras cantam enquanto as formigam trabalham para elas( alguem deve ter alterado a verdade quando disse que a cigarra era a coitada, acho que foi a Globo)

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