Com açúcar ou com afeto?
Amargo e frio, por favor.
Por quê?
Pra não sentir o gosto muito de perto. Tudo aquilo que não
mexe muito com os sentidos, é excretado mais
rapidamente.
(enche a xícara)
Chega, chega! Tá de bom tamanho!
Você é muito contida. Gosta do escasso.
Quem se contenta com o escasso não se importa com descaso (ri)
Deu pra rimar, agora, é? Desconhecia esse seu lado poético.
Prático apenas. Bem, vamos logo com isso, tenho pressa.
Contida e acelerada. Enquanto eu, devagar e sempre.
Eu prefiro ser rápida e momentânea. Só me lembro do ‘pra
sempre do agora’, esqueceu?
(...)
Passado o tempo, abriu, uma vez mais, o armário. E tirou de lá apenas a lembrança daquela ‘política do café-com-leite’ que outrora havia vivido. Recordou-se que, agora, o café não vinha mais com leite e, muito menos, com conhaque. Era apenas amargo, frio e com prazo de validade.
Passado o tempo, abriu, uma vez mais, o armário. E tirou de lá apenas a lembrança daquela ‘política do café-com-leite’ que outrora havia vivido. Recordou-se que, agora, o café não vinha mais com leite e, muito menos, com conhaque. Era apenas amargo, frio e com prazo de validade.
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