5 de março de 2014

Menino do trem

O menino de, no máximo 11 anos, entra no vagão. Em suas mãos, um pacote de balas. Nos lábios, uma repetição de palavras. "Balinha um real, balinha um real". Caminha; ele, suas balas e suas palavras, de ponta a ponta do vagão enferrujado. Até que, no meio da balinha, no meio do 'um real', ele para um segundo. Os olhos se fixam naquilo que o cara a frente carrega em mãos. "Muito louco esse jogo". O sinal toca. As portas se abrem, ele parte correndo para chegar até o outro vagão, enquanto o jogo fica pra trás e ele continua sua sucessão de balinhas a um real.

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