19 de janeiro de 2011

Piscina de papel

Quero escrever folhas de papel esvoaçantes
E colher frutos em meu jardim
Quero um rio de gotas douradas
Para deixar para meus netos
Ou, então, uma piscina de espinhos
Para quando não mais existirem rosas
E muito menos espinhos!
Natureza, dinheiro, papel
Tudo é tão nada
E todo mundo nada nessas projeções engessadas
O poeta, coitado, sonha em ver a lua
A menina de vestido vermelho,
só quer pintar o cabelo da boneca digital
os sonhos das crianças não são mais os mesmos
porque os adultos já deixaram há muito tempo de sonhar
apenas nadam em piscinas de folhas de papel,
pra morrer num lago sem peixes!

Um comentário:

  1. Acho mesmo que hoje em dia não há mais poetas, apenas rascunhos de antigos pensadores.


    o que chegou para a gente ser?

    ResponderExcluir