13 de dezembro de 2011

Linha 3.4, estação nº2

Às vezes sinto que algumas notas vão escorrendo por entre os meus dedos sem que eu, de fato, queira que elas se partam. E quebradas vão. Arranhadas permanecem. De tanto tentar e não conseguir chegar ao tom exato.  

Aí, penso que é hora de novamente encontrar aquela dominante, pra voltar à tônica e, de novo, perder-me por entre novos acordes. Aquela sinfonia de trens passou rápido demais. Eu podia até sentir o baixo soando alto, enquanto do lado de fora os fios de metal faziam o som estridente de uma corda partindo.  E as notas quebradas se foram junto com a partida das cordas, dos acordes, dos sons. A música, assim como toda lembrança infortúnia, permaneceu. Mas sem ninguém pra tocá-la. 



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