Abraço dado ao ar gelado
Se vai com o tempo
O mar salgado
Cria vela
Vela o morto.
Na madrugada de pedra dada
Tapa-se a lua com a peneira
Pra ver mais uma vez
Que eclipse lunar
Em costa alta
Faz olhar puro virar penumbra.
E braço e perna vão se embora
Como tudo que demora
Numa rua cochilando
De zóio aberto caindo aos pranto
“Dia desses eu passo lá
Dou um abraço no pai, nas vizinha e tudo mais
Dia desses eu volto aqui,
Vejo ocê, pego minhas coisa e vou sumi”
E depois de abraçar o mundo
Volto sempre pro moinho.
De pedra. De escárnioo.
Moinho de mim...
Moído.
Ardido em chamas de fumaça
caídas naquela praça de desgraça!
caídas naquela praça de desgraça!
Em abraço dado não se olha os dedos.
ResponderExcluirÉ com vento que o Moinho gira,
É o coração que ele tritura.
é bom comer ração deste moinho e deixar o amor dentro do corpo, mesmo se for em pedaços.