É que tem dias que eu tenho saudade. Saudade pura. Sem sinônimos, sem complementos, sem presença. É que tem dias que eu me permito a sentir-me só, a estar ausente e alheia de todos os outros. Outros abraços, outros beijos e até outros adeuses. É que tem dias que eu me distancio de mim pra estar em um lugar já dissolvido, esquecido. Primazia contínua de quem já não é primaz ao que sente saudades. É que tem dias que os dias não são dias, é só passado passado a limpo, e versos mal escritos numa folha de papel esquecida, cheia de sentimentos esvaziados por sentidos ausentes.
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