8 de julho de 2014

Nervos de aço no chão

Andei procurando um jeito de dizer essas palavras. Experimentei uma a uma, para que tudo coubesse entre as sílabas, entre as vírgulas, entre o tempo que me parece escorregar dos dedos. Andei procurando um modo de juntar as energias do mundaréu e jogá-las todas nesses nervos de aço, mas minhas mãos não suportam metade de suas, nossas dores. Andei, andei e continuo vagando nos dias que correm, nas noites que não se findam. E no meu caderno sem margem, todas as letras viram mortas; todas as folhas se tornam secas. Em meus sonhos, só alucinações de um presente passado para o futuro de amanhã de manhã.

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