5 de maio de 2010

Grande confusão na estação

Situações reais de selvageria. Homem bicho, êita bicho homem!


Ao chegar, hoje, à Barra Funda, por volta das 19 h, o sistema ferroviário decidiu, como num golpe de Estado, voltar para a estação de Franscisco Morato, e não mais seguir viagem até à Luz, a estação de destino. Grande perplexidade surgiu. Homens, mulheres, mães com recém nascidos e um vidro que não se abria, quase não dificultando a respiração, dentro daquele lugar tão arejado e vazio!


Sim, houve grande contestação, afinal, o povo não se cala, mas não sabendo a quem recorrer, logo desconta toda sua raiva na máquina. Quebram vidros, batem portas, como se de fato essas ações sugerissem alguma resolução. Mas a culpa não é do povo. E de quem é, afinal?


Em meados do século XIX com o arrebento das grandes máquinas, e também da percepção do papel do homem no meio produtivo, surgiram também homens que destruíam as máquinas pensando que este era o caminho para destruir o sistema que os consumia.


Passados, praticamente, dois séculos, muitas ações continuam arcaicas. Mas, por outro lado é essa a única forma que o amigo, que trabalhou mais de oito horas a fio, tem de manifestar todo seu desgosto. É a melhor forma? Eu não acho.

Mas até que que se criem respostas e recursos suficientes aos seus anseios e necessidades, essa cena continuará sendo vista, seja naquela grande centopeia que ronda pelos arredores da cidade, ou em qualquer outro lugar onde não há, de fato, melhorias para a população. Ahhh! Como diria o outro lá : # putafaltadesacanagem o trem de hoje!

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