Quem nunca viveu um amor platônico, que atire a primeira pedra. Tantas projeções há em um coração apaixonado. E quantas expectativas se esperam do amado. O amor platônico só é amor porque é platônico. Se assim não fosse, nem sequer seria amor – seria amizade.
O platônico não deseja. Não sente. Apenas imagina. Imagina o amor e pelo imagético sustenta toda e qualquer hipótese. Não pede carne. Muito menos a palavra. Quer no mínimo olhar. Um olhar. E assim, imaginar. O platônico é onírico. Sonha, devaneia.
Sim, é também redundante e de toda sua redundância sustenta seus pensamentos. Mas, quando de erótico se torna pornográfico, acaba-se também o amor, pois na verdade ele nunca existiu – foi doce fruto de uma criativa imaginação, que, de tanto imaginar, deixou de agir.
São sete degrais. Quando chegar no sétimo o Amor sera completo, nada mais será preciso, apenas viver, nem que seja um segundo.
ResponderExcluirsutil. lindo.
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