24 de abril de 2011

Eu encontrei minha Lua

Quantas vezes já falei de Lua, Estrelas, Sóis e corpos celestes que nunca encontrei. Andei vagando por entre buracos negros, pensando que qualquer luz poderia ser um novo planeta. Grandes e pequenas ursas me assustavam, enquanto eu caminhava correndo, sem notar as nuances de cada corpo que por mim se estendia.

Deixei até de enxergar estrelas dormindo sobre a areia, para me apegar a ondas passageiras, que nunca voltavam.  Confundi maré alta com céu chuvoso. Quando, na verdade, não havia maré alguma, mas somente vestígios de um mar em plena seca.

Cerquei meu olhar de mil e umas direções. Desenhei todos os rios numa única nuvem. Pintei até o sete, com aquele antigo giz lunar. Nada adiantou, a não ser a dor de novamente ter me perdido em ventos que apenas me arrastavam, mas nunca me elevavam.

Selenitas buscam muito mais que Luas. Procuram verdadeiros lares onde possam, de fato, mudar suas hipóteses. E, quando assim encontram, se firmam junto com elas, fazendo com que luas e selenitas sejam apenas um único corpo celeste, brilhando em uma mesma direção. 

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