21 de fevereiro de 2012

Carnaval, desengano

Chega ao fim mais um carnaval. Cai de novo a máscara sobre o chão, e eu volto para aquele vendaval. Tiro as vendas dos olhos e me coloco à prova mais uma vez. Aquela antiga prova dos sete. A prova real de que os números pares já se tornaram ímpares desde a última primavera. A prova real de uma realidade totalmente diluída. Dissolvida entre blocos concretos de adeuses adiados.  Flashes sem luzes agora reacendem aquela última fração de segundos. Um grande segundo grande, que já havia sido enterrado nos túmulos de uma memória ainda em confrontos  internos (in)acabados. Depois de uma queda, você até aprende a voar. Mas depois de uma recaída, você permanece intacto até uma nova melodia subir na avenida.  Se o carnaval é um desengano, espero mesmo poder me desenganar. Mas só até o próximo carnaval chegar. 


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