28 de fevereiro de 2012

The Scream de mim

E do outro lado da lua formou-se uma fronteira que não se pode mais  apagar. São sóis vibrantes que não param de queimar as últimas cartas vindas do sul. São estômagos inteiros gritando um pouco de poesia, enquanto de suas bocas já não sai nenhuma palavra, sequer ruídos. Seu feedback demorou muito a chegar, e eu logo respondi com outra pergunta aquilo que já não podia mais ser questionado. Quantas são as estrelas deste céu? E do outro lado, ainda há de haver outras mais? O outro lado é sempre um mistério. E as palavras são vagas ilusões de compreensão. Os escritos são, assim, ilusões múltiplas, quando passam pelos canos agudos da memória e, depois, chegam aos recôncavos dos dedos. Gritos sufocados estão de baixo do travesseiro. Estão em gargantas sangrando pelos olhos. E as palavras continuam sendo a ilusão de quem tem pressa em dormir, para logo saber o que irá sonhar. 



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