Uma gota. Duas. Três. Passa-se uma vida inteira para
entender que a chuva não é à toa. Ela chega meio de canto, estuda o ambiente e
aí, sim, despenca. Mas é difícil entender esse movimento todo, já que uma vez
humanos, acabamos nos esquecendo que somos natureza. E moldamos o tempo.
Sucatemos o espaço. Mas é preciso
forçar-se a voltar a ser natural. Deixar-se fluir, mesmo quando há redemoinhos
impedindo a passagem. Caso eles apareçam, lembre-se que são eventuais. Agora, o
ritmo da chuva - ao que parece - repete-se muito mais vezes. Mas a maioria de
nós, não obedece a lei natural da própria natureza. Não adianta ser tempestade,
quando se é tempo de garoa. Não adianta liquidar todas as nuvens e depois
minguar com a vinda de novos sóis. Prefiro chuva fina que muito dure, do que
tempestade que cause estrago. É preciso seguir o ritmo da chuva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário