21 de fevereiro de 2010

Menino de rua

Mal-ajambrado vai, aquele que não tem pai,
E pelo caminho anda, mesmo não tendo esperança,
Na noite fria o jornal é seu salvador
Incrédulo em suas palavras, mas o fazendo de seu confortador.
Nada e tudo, essa é sua lei, certezas correm
Ontem não existe mais, o aqui e o agora vale um cais
Dois, três ou quatro, devagar pega um baseado
E assim por dois minutos, esquece todo o sofrimento
Rindo, castiga-se os costumes
Urdindo um mundo melhor, consolida-se as atitudes
À espera de uma mão, fica o menino no chão!

Nenhum comentário:

Postar um comentário