13 de dezembro de 2013

Apartheid-te

Apartheid-te, coração. Deixai de lado o que é só um lado. Abandonai os versos pretéritos e as sílabas deixadas no largo lago da memória. Apartheid-te, coração. Esquece a aura, a náusea, a vertigem. E te concentra na ação, não na cor, coração. Apartheid-te, coração. Separa o joio do trigo, a luva da mão, o sentido do verso, o olhar da atração. Apartheid-te, coração, que o outro lado da lua também já se apartou. Apartheid-te, coração.

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