E, em meio ao caminho, a calçada estava quebrada. De um dia
pro outro, ela se desmoronou. Virou terra outra vez, até nascer uma flor, que
logo será morta por um tanto de concreto. E aquele estreito bar, já não existe
mais. Ficou lá o primeiro olhar, o primeiro toque, o primeiro beijo. Mas,
calma! Eis que a calçada de nossos caminhos pode, uma vez mais, se refazer e
aquele bar se reabrir. Não será mais a mesma calçada, não serão mais os mesmos
os donos de bar, não será mais o mesmo rio e muito menos os mesmos sapatos.
Seremos outros. Renasceremos outros, mas seremos nós e, quem sabe, perceberemos
que o que precisamos mesmo são de laços, não nós.
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