21 de fevereiro de 2010

MOINHOS (revoltados)

Medo e sensatez misturam-se dentro de um moinho de vento que não gira. Enquanto isso, a vida passa ligeira do lado de fora, e o que será? O que será que há além desse movimento rápido e contínuo? O que será que há, além desse buraco negro, colorido algumas vezes artificialmente? O que será? Moinhos, moinhos... Apenas moinhos que não se mexem, que não giram, e quando giram, param-se.


Manter-se imóvel ao que se vê é o mesmo que olhar pro céu e fingir não enxergar estrelas!
À mercê desse manto sagrado, dessa imposição calamitosa, os olhos não mais vêem. Ouvidos pra quê o servem? E a única que nesse jogo intrínseco tem razão, é a língua, ditando tudo a todos. Mas qual é a voz que se faz ouvir?


O tirocínio dos tiranos é que acostuma os ouvidos dos tiranizados, fazendo-os calar-se a todo e qualquer mal, a qualquer custo. Nascemos assim, impostos a um futuro que nunca poderemos mudar? E a falta de brio contida nesse sistema só demonstra a calamidade desse mundo, no qual luz de verdade só se encontra naquela advinda das estrelas, lá do céu.


“Impostos a um futuro que nunca poderemos mudar?” Oh, não! Isso é pessimismo demais, é ver o mundo de forma imóvel e estagnada. NÃO! A palavra a seguir se compõe de apenas três letras, três mínimas letras, e somente elas, juntas, podem mudar esse compasso... NÃO a todo esse ritmo disforme que vem sendo composto apenas pelos tiranos! NÃO a essa fórmula estabilizada de pensar e de se fazer pensar (aliás, o que será de nossas crianças?)! NÃO às ilusões distribuídas em nossas mentes todos os dias!(já existe o quinto poder, também?). NÃO às palavras bonitas, um tanto quanto eloqüentes que nos fazem ouvir! (prefiro seguir na contramão a seguir alguma direção!) NÃO a você, pequeno conjunto de átomos esparramados pela sala, sentado em um sofá marrom, reclamando da vida que leva!

2 comentários:

  1. e já dizia o velho Chico, "roda mundo, roda moinho"... e segue a transitoriedade da vida. ;)

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  2. E eu digo não!!E eu digo não ao não, e eu digo não ao sim e vou na negação de mim...

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