19 de setembro de 2015

memories, new momories

Faz um tanto de tempo que as palavras não se achegam. De repente, aquela relação íntima que outrora tivemos se dissipou feito molotov. A vírgula guardada no copo da cabeceira da cama se dissolveu em nuvem alta. Correu pra longe, caiu num céu que não o meu. A que poemas andam. Que versos habitam. Não sei. Vez ou outra esbarro com elas no horoscopo daquilo que hoje não sucedeu. Noutras, vejo-as caminhando, viúvas, em páginas esvaziadas. Tem horas, não sei, precisamos nos reconhecer novamente, sentir cada silaba, cada acento outra vez, como se fosse aquela primeira letra lida ao pé da escada de tijolo vermelho, rustico, inesperadamente. Se vou ou se fico, não sei. Isso não pertence apenas aos meus antigos dizeres, já que minhas memorias se guardam, agora, em novas palavras. I miss my old words, but I love writing my new stories and it is all I need, memories.

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