19 de setembro de 2015

travessia 2

Minha casa não é minha, nem é meu este lugar. Travessia cai, neste momento, feito uma luva na mão que me mostra a passagem de alguns mins para outros eus. A possibilidade de reflexão, inerente a nós, pobres mortais, é um dos remédios pra continuar migrando. Feito ave injuriada, pego a estrada e a mala. O velho e o novo, sempre naquele confronto entre o ser que fica e aquele que fica pra sempre. Os ícones mais ilustres que conheço se foram na hora exata de fazerem história. Mais vale ser protagonista por um fio, que eterno coadjuvante. Não jogo nada fora, tampouco guardo comigo. Não há como guardar aquilo que já parte sou. Enquanto isso, continuo atravessando, com a certeza de que eu, parte das voltas do mundo, ainda voarei pelos mesmos ares.

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