3 de novembro de 2015

palavriado

Espalha-se, palavra, nas mãos calejadas de tanto pensar, palavra. uma, duas, quatro, mil. pois, então, se eu, que sou, senão tantas palavras, ainda não sei dizer sequer uma. sempre nessa imensidão, jogo aqui, ali, não acerto a mão, palavra. pa-la-vra. lavoura de dizeres sempre confusos, discurso sem sentido, valor, consequência, de um dizer que custa caro aos meus dedos que não aguentam mais as mesmas palavras. sorte ou revés das crises confusas.
eu ainda trago um trago dos tostões de meus bolsos furados.

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